PARA DEIXAR ECOAR NA ALMA
A princípio, recebi a indicação da peça “O Mapa do Meu Mundo” com a informação de que a atriz, Rosi Jacomelli,apresentava um trabalho corporal fenomenal. Aí a mente já ficou imaginando como seria isso e o “pré-conceito” quase me fez desistir da peça achando se tratar de performances enigmáticas no palco. Ledo engano.
Na minha opinião, o teatro é feito para ecoar na alma e gosto quando saio pensativa, reflexiva, quase muda de uma apresentação. Foi o que aconteceu. Na peça "O Mapa do Meu Mundo", tudo comunica. Desde o não-cenário, onde o pano traspassado ao fundo e o jogo de luzes cumprem com o seu papel de maneira exemplar, assim como a sonoplastia, que é exata, sem exageros, nem mais nem menos. Exata.A princípio, recebi a indicação da peça “O Mapa do Meu Mundo” com a informação de que a atriz, Rosi Jacomelli,apresentava um trabalho corporal fenomenal. Aí a mente já ficou imaginando como seria isso e o “pré-conceito” quase me fez desistir da peça achando se tratar de performances enigmáticas no palco. Ledo engano.
E, na minha interpretação, houve um momento em que a atriz, ao se despir de um fino pano, se desfez dos moldes a que nos conformamos ser, agir, pensar e nos expressar na sociedade. Ou quando no começo ela abre um poço e se joga para alcançar o alçapão que tem ali dentro. Para mim, a interpretação de que nossa vida é cíclica, feita de altos e baixos, mas que vale a pena lutar para sair do estado catatônico que às vezes o poço nos impõe.
Enfim, são várias as lições e essas foram as que me marcaram, porque acredito que, assim como nessa peça, estamos aqui nesse mundo para sermos únicos, exclusivos, um formato-pessoa que não tem formato, mas sim o direito de ir se moldando e nem assim com alguma obrigação de tomar forma. Esse talvez seja o segredo e que tenha calado fundo na minha alma.
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