Misiones - terra vermelha
A primeira coisa que me chamou a atençao, chegando a Oberá, foi a terra vermelha, tao comum no interior do Rio Grande do Sul.
Me despertou questionamentos sobre o que é uma fronteira. Comem mandioca, terra vermelha, limao bergamota...Entao, o que é o outro lado? O que é o outro? Estamos cercados de fronteiras. Nao entendo o sentido, nao entendo as diferenças. Mas terminamos acreditando nelas.
O que fazem os teatros comunitários dessa regiao - La Murga del Monte e La Murga de La Estación - talvez seja exatamente romper as fronteiras e propor lugar de encontro, de construçao através da arte. Isso gera uma força incrível. Todo um bairro, 60 pessoas em cena, diferentes geraçoes, formaçoes, pensamentos. Uma força de conjunto, que vence as barreiras, as fronteiras de cada um, enfim.
Em Posadas fiquei impactada com o tamanho do rio. Todo o tempo me perguntava como seria viver ao lado de um rio tao grande. E eu que venho do Rio Grande do Sul, acho que nunca tinha me detido a ver um rio desse tamanho, chega a ser soberbio, poderoso. Tem cidades inteiras submersas nele, fruto das inundaçoes, inclusive organizam excursoes turisticas, de mergulho para conhece-las. Nao é uma história para impactar?
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