Publicada em:
07/03/2015 - 14:25
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Mapa da identidade
Resultado de uma produção entre Brasil e Argentina, O Mapa do
Meu Mundo traz Rosi Jacomelli em uma interpretação cheia de intensidade e
descobertas
Através do conto da
Cinderela, a história de uma mulher em busca de si mesma é apresentada. Através
de encontros - com outros e consigo - ela descobre seu caminho, sua
personalidade e seu mundo. Todos os aspectos da vida de uma mulher ganham o
palco e constroem a narrativa da peça O Mapa do Meu Mundo, produção do grupo RJ
Mercúrio Produções Artísticas, com a interpretação da brasileira, radicada na
Argentina, Rosi Jacomelli. O espetáculo será apresentado no Teatro do Sesc,
neste domingo, 8, às 20h.
A proposta de O
Mapa do Meu Mundo surgiu a partir do desejo e da necessidade de condensar, em
um trabalho solo, o estudo de Rosi em técnicas corporais e de atuação. “O
objetivo da peça é compartilhar com o público reflexões que
despertam esses personagens, essas histórias, tão simples e profundas, como a
história de cada um de nós”, inicia a atriz. O eixo narrativo trata de mulher
que, depois de uma crise, parte em busca de sua história, origem e identidade.
Ao longo do caminho, encontra memórias e situações de vida que vão se
misturando e definindo o próximo passo. “Essa mulher que chega até o fundo do
poço e luta por encontrar uma saída pode ser qualquer mulher, ou homem. Para
mim é a representação do ciclo da vida. Em algum momento se chega a este
lugar onde nos perdemos, não encontramos um sentido... mas é
a vida mesma que nos empurra a esse lugar, fazendo-nos questionar o que se
quer, o que se é”, continua.
Para a atriz, a
peça aborda mais as oportunidades do que a queda. “De fato, no espetáculo, no
fundo do poço tem uma porta, tem uma saída. Muitas vezes é só questão de
abrir essa porta para ver o que tem do outro lado”. A interpretação solo, para
Rosi, não é um problema, mas é um desafio: “Me sinto muito identificada com
essa reflexão a respeito da vida, então não tenho nenhum problema com
interpretar essa mulher. A dificuldade comum é como criar a transição
entre um personagem e outro, sem perder a dinâmica com que se está trabalhando”,
explica.
E é através da
interpretação de Rosi que, em cena, o público vê uma espécie de janela capaz de
retratar os medos, desejos e força de cada um. “A reação do público é
diferente em cada lugar, mas sempre ocorre uma identificação com o que está
ocorrendo em cena. De fato, quando cada pessoa diz: "O Mapa do Meu
Mundo", o mapa passa a ser do mundo da pessoa que está falando. Se tratam
de situações pessoais e universais ao mesmo tempo”, conclui. Com direção
da diretora curitibana Letícia Guimarães, O Mapa do Meu Mundo traz um cenário
limpo e investe na atuação de Rosi como peça chave para apresentar ao público a
busca pela própria identidade.
O Mapa do
Meu Mundo
8 de março, 20h
Teatro do Sesc
Ingressos no local
8 de março, 20h
Teatro do Sesc
Ingressos no local
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